sexta-feira, 20 de maio de 2011

CRIANÇA DA NOITE: CAÇA!


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Estava calmamente passeando nas redondezas da Praça da República, vendo a fauna noturna, quando na vi... Bela, cabelos ruivos, pele clara, dentro de um terno masculino, pensei logo em suas preferências. Mas era bela demais.

Sentei-me em um banco a sua frente. Fiquei implorando por um olhar dela. Mas quem não olharia um punk, cabelo moicano, cor de cenoura, com suas roupas todas rasgadas, coturno, todo de preto... Porém não chamei a sua atenção.

Sem coragem de me expor e certo de que ela esperava uma namorada, sai para um rolê. Mas sua figura não saia de minha cabeça. Circulei por vários bares e boates. Estava totalmente embriagado. Sem ter aonde ir, dirigi-me a rua Aurora, em meio a tantos perdidos física, mental e socialmente, eu não seria importunado. Comecei a observar os transeuntes. Um bando de dependentes químicos. Se algum deles desaparecesse quem iria ligar??? Nesta cidade nem existe uma base no calculo de quantos desaparecem por dia...

Peguei umas pedras de crak e cheguei em duas garotas que aparentemente estavam na nóia... Chamei-as para usá-las no Parque da Luz. Me acompanharam. Em sua viagem não perceberam o que estava por vir e, me aproveitei disto...

Saciado, agora estava circulando pelo largo do Arouxe. Estava cansado, não cansado de fazer algo, estava cansado da vida. Devia ser umas 2 horas da madruga, me encostei na praça, cercado de casais homo, hetero, ou bi, seja lá o que fossem, pouco me importava. Fechei os olhos e tentei repousar, descansar um pouco.... Abri os olhos. Já não tinha quase mais ninguém. Do meu lado a ruiva.

- Senti seu desejo de morte. Estou aqui para realizá-lo... Não vai doer...Vai ser como um profundo sonho...

Ela abriu sua boca e mordeu meu pescoço. Senti o sangue se esvair. Uma sensação de êxtase percorreu meu corpo inteiro. Mas não podia permitir isso.

Virei-me com toda a minha velocidade e minha força. Segurei-a firmemente e cravei meus caninos nela. Vi toda a sua vida passar pela minha mente. Estava muito bem alimentado com o sangue das duas jovens. Suguei seu sangue, vendo a história de suas últimas vitimas. Eu era bem mais velho, antigo e, ela uma criança...

Ela se debatia, mas não adiantava. Bebi até ela se desfalecer.

Levei-a no colo até um hotel. E aguardei.

Quando ela abriu seus olhos, cortei meu pulso, alimentei-a...

-Você tem muito que aprender...Criança... Criança da noite...

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