sexta-feira, 20 de maio de 2011

FOME

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Por Lord Gafa

Estava em meu caminho, era noite avançada,

Via perambulando pela madrugada,

Bêbados, prostitutas, a escória...

Mas para mim eram gado.

Não que eu não tivesse sentimento algum,

mas passados todos estes anos,

só via minhas necessidades, sem glória,

já nem me lembrava do remoto passado,

os dias devoravam-se um a um,

eram apenas véus antigos, rotos panos.

Mas a fome era eterna, consumia-me,

E meus atos que podem parecer repugnantes,

mantinham minha eterna busca,

por infinitas respostas, que perguntado-me,

sempre sobravam os questionamentos de antes.

A eternidade não basta, é pouco,

perante o infinito, infinito de duvidas infantis,

para onde vamos, oque fazemos aqui,

porque existimos, isso me deixa louco.

para manter-me, sou culpado de atos vis,

e nenhuma resposta conclui,

o porque de os líquidos vitais de um ser alimentar o outro,

Assim faze as minúsculas bactérias,

os insetos, os répteis, as aves e os mamíferos.

Devoramos, sim, a energia vital

Mas é por necessidade, não por mal.

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