quarta-feira, 17 de agosto de 2011

CRIANÇA DA NOITE: CONHECENDO O COVEN


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CRIANÇA DA NOITE: CONHECENDO O COVEN

Por Lord Gafa

Estava entre irmãos. Mas sabia que estava pisando em ovos. Não conhecia os dons de nenhum deles. Mas se perceberam minha presença lá fora, me seguiram e me encontraram, com certeza tinham os dons da noite poderosos. Tinham experiência, definitivamente eram muito mais antigos que eu, a neófita, tinha que ser cuidadosa. Ela já tinha me contado algumas histórias sobre covens. Eram irmandades antigas, cheias de regras. Não eram como repúblicas de minha época de faculdade. A coisa era séria.

Dominique era o todo poderoso, o mestre. Já tinha sido apresentada a cada um, mas minha mente ficou extremamente confusa... Nomes, poderes, idades. Vieram tão rápido que não consegui guardar ou relacionar, quem era quem e, quem fazia o que. Penso que isso foi proposital. Minha mente ficou uma bagunça. Demorei a me restabelecer. E após meu repouso ainda estava tudo embaralhado.

Érica me seguia e servia de guia, servia também como uma doadora de seus fluidos e energia para saciar meu apetite. Era uma garota simpática. Disse-me que foi escolhida entre muitas. E ela parecia orgulhosa, embora servil, de seu papel no coven. Pensei, com certeza ela devia ter esperanças de obter a dádiva da vida da noite. Nunca imaginei que existissem pessoas com um sonho desse. Antes de meu renascimento, tudo isso era fantasioso demais... Meu ceticismo. Mas vi que existem muitas pessoas que estão inteiramente predispostas a servir minha espécie. Transfiguram-se e tem esse modo de vida. Poucos conseguem realmente entrar em contato ou serem escolhidos para servir e viver entre nós. Lembrou-me Ígor, servo de Drácula, porem sem ser um lunático que devora insetos, uma pessoa comum, normal, como uma dama de companhia.

Percebi que meus semelhantes eram bastante calados, eram como ela, diziam frases soltas, não completavam o raciocínio, como que guardando um segredo. Contudo me tratavam muito bem. Admiravam o dom que recebi da noite, diziam ser muito raro, mas que, me contaram, existiam umas criaturas que andavam também de dia, com esse dom. O dom de se alimentar da energia dos mortais. Que eram muito perigosos, pois como muitas criaturas podiam vagar pela luz do sol e isso fazia com que possibilitasse acesso a nossa gente.

Justificavam de muitas maneiras a importância de se viver em um coven, não para me atrair para essa idéia, mais para mostrar que estavam mais protegidos em uma comunidade e, claro com a vigilância de mortais durante nosso repouso.

Era muito convidativo, mas eu preferia minha vida em liberdade absoluta. Sem regras de ninguém. Fazendo o que desse em minha cabeça.

Mas estava sendo bastante instrutivo. Ouvindo histórias que me interessavam. Das diversas criaturas que existiam. Como me defender. Que haviam mortais que sabiam da nossa existência e nos caçavam. De regras, verdadeiros tabus, que não podiam ser quebrados: Apresentar-se quando em um território de outrem; não matar ninguém de nossa espécie; respeitar os mais antigos; não se alimentar de acólitos de outro, a não ser que seja convidado, coisas desse tipo. Tínhamos regras, tabus, uma espécie de moral. Já imaginava isso.

Mas a vontade de caçar, de vagar por onde quisesse, como um lobo solitário, era mais forte. Já estava ficando impaciente, ansiosa. Foi quando Dominique mandou me chamar para uma conversa. Após minha chegada eu pouco o via, ele estava sempre em seu aposento. Somente, de vez em quando, mandava chamar alguém. E desta vez foi a mim que ele queria entrevistar. Minha sede de conhecimento aguçou minha curiosidade.

Não vou deixar escapar isso.

Um comentário:

  1. Amico, a trama está ficando interessante, hein!? Gostei deste blog, pretendo fazer uma visitinha mais vezes... Só não vá mandar a neófita para "le cimitière des innocents", ok??? Aguardando a continuação, câmbio, 1 forte abraço do sempre amico,

    the ^..^ Osmar.

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